Há alguns anos, utilizar máscara era incomum e causava estranheza. Atualmente, entretanto, o uso do acessório de proteção pode — acredite! — deixar alguém mais atraente.

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Um estudo publicado pelo Jornal de Pesquisa Cognitiva do Reino Unido concluiu que a percepção de pessoas sobre a beleza física de indivíduos que utilizam máscaras aumentou de alguns anos para cá. E isso não se resume apenas a “esconder” as características “pouco atraentes”. Entenda com informações do “IFL Science”.

“Os resultados mostram que os rostos foram considerados mais atraentes quando cobertos por máscaras cirúrgicas e significativamente mais atraentes quando cobertos por máscaras de pano do que quando não cobertos”, escreveu a equipe de pesquisa. 

A pesquisa

O estudo pediu que as mulheres classificassem a atratividade de rostos masculinos em quatro situações: ao usar uma máscara cirúrgica, ao usar uma máscara de pano, ao ser coberta por um objeto de controle e sem estarem cobertos. Os 40 rostos que elas classificaram haviam sido previamente classificados por atratividade.

“Nosso estudo sugere que os rostos são considerados mais atraentes [do que quando descobertos] quando cobertos por máscaras faciais cirúrgicas. Isso pode ser porque estamos acostumados a profissionais de saúde usando máscaras azuis e agora as associamos a pessoas de profissões da saúde. Em um momento em que nos sentimos vulneráveis, podemos achar o uso de máscaras cirúrgicas reconfortante e, assim, nos sentirmos mais positivos em relação ao usuário”, declarou Michael Lewis, especialista em psicologia de rostos.

“Também descobrimos que os rostos são considerados significativamente mais atraentes quando cobertos por máscaras de pano do que quando não cobertos. Parte desse efeito pode ser resultado da capacidade de ocultar características ‘indesejáveis’ ​​na parte inferior do rosto — mas esse efeito estava presente tanto para pessoas menos atraentes quanto para pessoas mais atraentes”, completou o especialista.

A equipe acredita que parte do efeito tem a ver com a forma como os usuários de máscaras são percebidos após anos de uso em massa. Contraintuitivamente, a pesquisa sugere que as máscaras não são mais associadas a doenças. “Os resultados vão contra a pesquisa pré-pandemia, quando se pensava que as máscaras remetiam a doenças e a pessoa que as usava deveria ser evitada”, finalizou Lewis.