O Uruguai recuperou as esperanças de classificação para a Copa do Mundo do Catar-2022 ao vencer o Paraguai por 1 a 0, nesta quinta-feira, em Assunção, pela décima quinta rodada das eliminatórias sul-americanas, resultado que afasta a ‘Albirroja’ da briga por vagas diretas.

O gol da vitória da Celeste foi marcado pelo “Pistolero” Luis Suárez, que chutou cruzado de pé esquerdo aos 50 minutos de jogo. Já no primeiro tempo, aos 25, Suárez havia assustado ao acertar uma bola na trave.

Com a vitória, o Uruguai chegou aos 19 pontos e o Paraguai permaneceu na penúltima colocação com 13.

O resultado também serviu para uma estreia com o pé direito do novo técnico Diego Alonso que assumiu o comando da Celeste no lugar do veterano Óscar ‘el Maestro’ Tabárez, demitido após uma série de maus resultados.

– Jogo acirrado –

O Paraguai tomou a iniciativa e chegou pela esquerda explorando a velocidade de Miguel Almirón.

O primeiro cartão amarelo do jogo foi para o meia uruguaio Rodrigo Bentancur (9 minutos) ao tentar detê-lo.

Os jogadores da Celeste, porém, se posicionaram e começaram a chegar com bolas trabalhadas a partir de tiros livres.

A primeira chance foi para o experiente Diego Godín aos 13 minutos. Uma cabeçada forçou o goleiro Antony Silva a segurar a bola.

O avanço progressivo dos ‘charrúas’ obrigou o meia Facundo Pellistri a cometer uma falta que foi punida com um amarelo pelo árbitro argentino Darío Herrera aos 20 minutos.

Pouco depois de uma jogada perigosa dos paraguaios, quando um cruzamento de Santiago Arzamendia da esquerda achou o atacante Carlos González, na única chance clara de gol a favor da Albirroja.

Mesmo com um número alto de jogadores pendurados, a Celeste teve duas oportunidades claras de gol no primeiro tempo.

Aos 24 minutos, o goleiro Silva salvou milagrosamente quando Matías Vecino teve tudo para fazer. Um minuto depois, foi o atacante Luis Suárez quem desviou uma bola com a cabeça, à queima-roupa, na trave esquerda de Silva, após um escanteio cobrado por Federico Valverde que Vecino cabeceou para a pequena área onde surgiu o ‘Pistolero’.

A partir de então, os uruguaios impuseram sua força física e fizeram perigosas incursões preferencialmente pela esquerda para aproveitar a velocidade de Darwin Núñez, alimentado pelo meio pelo próprio Suárez.

– Suárez contundente –

Aos 50 minutos, o ídolo uruguaio abriu o placar ao evitar a linha de impedimento após um chute ingênuo no círculo central do meia Braian Ojeda, incidente que foi aproveitado por Vecino, que logo tabelou com Suárez pela lateral esquerda.

Perfeitamente habilitado, o atacante do Atlético de Madrid finalizou violentamente, cruzando com a perna esquerda para bater o goleiro Silva.

O gol confirmou todos os temores da torcida paraguaia, desacreditada em sua seleção, que venceu apenas dois jogos nas eliminatórias, ambos contra a lanterna Venezuela.

O técnico do Paraguai, Guillermo Barros Schelotto, colocou em campo dois zagueiros enquanto Diego Alonso autorizou a entrada do atacante do Manchester United Édinson Cavani.

Os uruguaios aproveitaram a confusão e o mal-estar causados pela derrota dos locais para pressionar com tudo em busca do segundo gol.

Aos 70 minutos, Mathías Olivera mandou por cima do travessão após um passe perfeito de Suárez.

Com a entrada de Cavani, o Uruguai continuou com suas incursões diante de um adversário abatido, sentindo o peso da eliminação sobre os ombros.

Para aumentar a frustração, o zagueiro e capitão da seleção paraguaia, Gustavo Gómez, foi expulso por dar uma cotovelada no zagueiro uruguaio Araújo a um minuto do apito final.

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