O governo uruguaio convocou seu embaixador na Venezuela para consultas que informem, de maneira urgente, sobre acontecimentos que, segundo autoridades, “inviabilizariam” a realização de eleições livres no país caribenho.

“Decidimos chamar o nosso embaixador na Venezuela para consultas para nos informarmos sobre os acontecimentos preocupantes que inviabilizariam a realização de eleições livres, democráticas e competitivas naquele país”, publicou o ministro das Relações Exteriores, Omar Paganini, na rede social X.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, busca um terceiro mandato nas presidenciais deste ano, previstas para o segundo semestre, mas ainda sem data agendada. Sua principal adversária e favorita da oposição, María Corina Machado, foi inabilitada para ocupar cargos públicos por 15 anos, em uma decisão ratificada no fim de janeiro pelo Tribunal Supremo de Justiça (STJ).

Em 23 de outubro, Machado obteve uma vitória avassaladora nas primárias da oposição, mas, em junho, havia sido inabilitada por 15 anos pela Controladoria, devido a supostos atos de corrupção no período em que Juan Guaidó foi reconhecido por diversos países como presidente legítimo da Venezuela.

O STJ, que já havia suspendido “todos os efeitos” das primárias, confirmou a inelegibilidade de Machado determinada pela Controladoria, assim como a de um possível substituto da oposição: o duas vezes candidato presidencial Henrique Capriles.

Nesta quinta-feira, o plenário do Parlamento Europeu condenou, em resolução, a inabilitação de Machado, e advertiu que, se sua candidatura não for permitida, não reconhecerá as eleições deste ano na Venezuela.

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