As autoridades uruguaias confirmaram o primeiro caso de gripe aviária em um lobo-marinho, acrescentando que há outros casos suspeitos na costa do país.

Por esse motivo, pediram à população para não se aproximar destes animais, tanto vivos quanto mortos.

Na terça-feira, 5 de setembro, foi detectado o primeiro caso de gripe aviária H5 em um mamífero selvagem no Uruguai: um lobo-marinho encontrado morto na praia do Cerro, em Montevidéu, informou o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP), em um comunicado.

O animal foi visto pela primeira vez na quinta-feira, 31 de agosto, com sintomas compatíveis com a doença e foi controlado no dia 2 de setembro.

“Esperamos o sequenciamento para saber se é um animal que ingeriu alguma ave portadora (do vírus), ou se houve transmissão entre espécies”, disse o diretor do MGAP, Fernando Mattos, ao Canal 10.

“Tomara que este tenha sido um caso arrastado pela corrente. Sabemos que o vírus está circulando na Argentina”, acrescentou.

Na vizinha Argentina, uma epidemia de gripe aviária na longa costa atlântica já custou a vida a uma centena de lobos-marinhos, informaram fontes oficiais na semana passada.

Mattos disse que não há hoje, no Uruguai, nenhum caso ativo desta doença relatado na população aviária.

O MGAP disse que tomou esta decisão 80 dias após o aparecimento do último foco, mas esclareceu que mantém em vigor as medidas de prevenção em todo o território nacional.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe aviária causou um número “sem precedentes” de mortes em aves silvestres e aves de criadouro em muitos países de África, Ásia e Europa desde 2020. O vírus se espalhou para a América do Norte em 2021 e, depois, para as Américas Central e do Sul em 2022.

Após a confirmação deste primeiro caso em um mamífero marinho, o MGAP pediu à população que não deixe animais de estimação se aproximarem, ou atravessarem áreas isoladas, de modo a evitar o contágio e a propagação da doença.

A infecção de gripe aviária em humanos é muito rara, mas, quando ocorre, pode causar transtornos graves, com uma alta taxa de mortalidade.

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