No início de julho, a ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, foi a escolhida por líderes europeus para ser a presidente da Comissão Executiva da União Europeia. Na manhã de hoje (16), Ursula apresentou suas propostas na sede do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França. À tarde, ela se submeterá à votação do Plenário do Parlamento. Se alcançar os votos necessários, ela se tornará a primeira mulher no cargo, no lugar de Jean-Claude Junckerr, atual presdiente da Comissão Europeia (EU).

Ursula von der Leyen necessita de uma maioria absoluta dos votos da câmara, ou seja, deve recolher o “sim” de pelo menos 374 eurodeputados. 

Buscando alcançar os votos necessário, Ursula von der Leyen procurou em seu discurso receber todas as ideias apresentadas pelos deputados, especialmente as propostas relacionadas com a luta em favor do clima, o combate aos regimes autoritários, e também ao protecionismo e a igualdade de gênero, inclusive no Colégio de Comissários da União Euiropeia.

Sobre esta questão, Ursula antecipou que não hesitará em exigir novos nomes (para o colégio),  “caso os Estados-membros não proponham um número suficientes de comissárias”.

Com um elogio à obra dos pais e mães fundadores do projeto da Europa unida, Ursula von der Leyen deixou uma nota de preocupação com o processo do Brexit, manifestando abertura para o alargamento dos prazos de saída do Reino Unido, previsto para 31 de outubro deste ano.

Sublinhando o respeito pela decisão do outro lado da Mancha – “uma decisão séria que lamentamos” – Ursula von der Leyen declarou neste discurso de apresentação do seu projeto aos eurodeputados estar aberta a dilatar os prazos de saída do Reino Unido caso o novo chefe do governo britânico apresente uma razão válida.

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A candidata comprometeu-se a tornar o espaço comunitário livre de emissões de carbono até 2050, a finalizar a união monetária e ainda a proteger os cidadãos da UE do próximo choque econômico.

“O nosso desafio mais importante é manter o planeta saudável. É a maior responsabilidade do nosso tempo. Quero que a Europa seja o primeiro continente neutro em carbono em 2050. Para tal, temos de assumir metas mais ambiciosas. O nosso objetivo atual não é suficiente”, afirmou a política alemã, num claro piscar de olhos à bancada dos Verdes, que não esconde a intenção de votar contra a sua candidatura.


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