Professora de Paleontologia da Universidade de São Paulo (USP), Juliana Leme questiona a segurança no Ceará para abrigar a valiosa coleção de fósseis. “Como um geoparque permite que 3 mil fósseis sejam contrabandeados?”

Álamo Saraiva, professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), admite falhas na segurança do Geopark Araripe, ligado à Unesco. “O geoparque tem 3,4 mil quilômetros quadrados e a fiscalização é incapaz de fazer a cobertura de tudo isso”, explica.

Segundo o professor, porém, as coleções do museu estão “dentro das melhores condições”. “Temos instalações adequadas e pessoal qualificado para estudar e cuidar desses fósseis. Sei que o Sudeste é mais rico, tem mais tradição em pesquisa e as melhores universidades do País. Mas, ficando na Bacia do Araripe, esses fósseis trazem dividendos para a região”, diz ele.

“Eu rogo aos colegas que trabalham na Bacia do Araripe para serem sensíveis a isso. Venham trabalhar aqui, mas deixem os fósseis importantes na região”, completa Saraiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.