A maior gravadora do mundo, Universal Music Group (UMG), fez uma grande estreia nesta terça-feira (21) na Bolsa de Amsterdã, com uma avaliação de mais de 45 bilhões de euros (52,8 bilhões de dólares).

O bilionário francês Vincent Bolloré assumiu o controle do UMG por meio da Vivendi em 2014. A Universal tem sede em Santa Monica, perto de Los Angeles, nos Estados Unidos, e superou a crise do MP3 e da pirataria musical para se reinventar, obtendo bilhões de dólares de receita com o streaming.

A Universal possui os célebres estúdios de Abbey Road, que registraram gravações dos Beatles e muitos anos depois de Lady Gaga, Kanye West e Amy Winehouse; da EMI Records, que tem Justin Bieber, Keith Richards e Metallica; e da Capitol Records, com Katy Perry e Paul McCartney. Bob Dylan se uniu no ano passado ao catálogo da gravadora.

Ao considerar que se tratava de um momento oportuno, Bolloré decidiu abrir o capital da Universal este ano e distribuir 60% das ações aos acionistas existentes da Vivendi – incluindo ele mesmo.

As ações da Universal tinham cotação de 25 euros por volta das 7h20 (horário de Brasília), quase 38% acima do preço de lançamento, fixado em 18,50 euros na segunda-feira à noite.

Este preço de referência inicial deveria levar a avaliação a quase 33,5 bilhões de euros, mas a cotação atual elevou para mais de 45 bilhões de euros.

“O nível mais elevado a cotação das ações na estreia comprova que os investidores têm uma boa opinião sobre a empresa”, comentou à AFP Casper de Vries, professor da Universidade Erasmus de Rotterdã.

O preço da Vivendi, que está listada na Bolsa de Paris, operava em queda de 14,6%, a 10,13 euros. O grupo agora possui apenas 10,13% do capital da UMG.