Os países da União Europeia (UE) acordaram, nesta segunda-feira (18), um novo pacote de sanções contra a Rússia, que inclui a proibição das importações de diamantes do país, anunciaram fontes oficiais do bloco.

Esse é o 12° pacote de sanções contra a Rússia em consequência da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

O fio condutor desse novo pacote de sanções concentra-se em medidas para combater a evasão das sanções adotadas anteriormente, e inclui medidas que afetam a comercialização dos diamantes vindos da Rússia.

Essa nova rodada de sanções havia sido anunciada na sexta-feira pelos representantes dos 27 países do bloco em Bruxelas, mas não pôde ser adotada formalmente por objeções da Áustria, que foram superadas nesta segunda-feira.

A presidente da Comissão Europeia, braço executivo da UE, Ursula von der Leyen, comemorou a adoção da rodada de sanções em uma mensagem no X, antigo Twitter.

“Seguimos apoiando a Ucrânia, nos bons e nos maus momentos”, disse.

O pacote de sanções também amplia os esforços da UE para restringir a tecnologia que a Rússia pode ter em suas mãos com fins militares.

Para isso, esse pacote de sanções acrescenta outras 29 empresas a uma lista de entidades proibidas de exportar produtos que podem ajudar a indústria armamentista da Rússia.

Algumas dessas empresas encontram-se em países fora da UE e são suspeitas de driblar as sanções do bloco, segundo uma declaração do Conselho Europeu.

A Rússia é acusada de financiar uma parte do custo da guerra graças ao comércio de diamantes, cujo volume de negócios é de 4 ou 5 bilhões de dólares (entre 20 e 25 bilhões de reais) ao ano.

A proibição da importação de diamantes naturais ou sintéticos será aplicada a partir de janeiro e, no caso, dos diamantes lapidados no exterior, a partir de setembro de 2024.

A Bélgica retirou suas reservas em relação a essas sanções, decididas pelos países do G7, e propôs soluções para que essa medida não afete sua indústria de diamantes na Antuérpia.

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