A União Ciclista Internacional (UCI) anunciou nesta sexta-feira (14) que proibirá a participação em competições internacionais na categoria feminina de atletas transexuais que tenham passado por uma mudança de sexo após a puberdade.

“A partir de agora, a participação de atletas transexuais femininas que tenham realizado sua transição após a puberdade (masculina) em eventos femininos do calendário internacional da UCI das diferentes disciplinas será proibida em todas as categorias”, anunciou a OCI em um comunicado.

Até agora, a UCI autorizava mulheres trans que haviam passado pela puberdade masculina a participar das provas femininas se seu nível de testosterona não ultrapassasse os 2,5 nanomoles por litro de sangue durante os dois anos anteriores.

No final de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) desistiu de estabelecer diretrizes uniformes, deixando a decisão nas mãos das diferentes federações internacionais. A World Athletics, por exemplo, decidiu excluir transgêneros das competições femininas de atletismo.

Segundo o presidente da UCI, o francês David Lappartient, é um “dever” da instância “garantir, acima de tudo, a igualdade de oportunidades entre todos os participantes”.

Estas novas regras, que entrarão em vigor no dia 17 de julho de 2023, poderão evoluir no futuro com base no progresso do conhecimento científico, precisou a UCI, que tomou esta decisão na reunião do seu comitê de gestão em sessão extraordinária do dia 5 de julho.

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