20/03/2024 - 11:51
A Executiva Nacional do União Brasil votará nesta quarta-feira, 20, a partir das 15h, o pedido de afastamento e expulsão do presidente interino do partido, Luciano Bivar (PE), acusado de ameaçar de morte o vice da legenda, o advogado Antônio Rueda.
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À ISTOÉ, um interlocutor do partido explicou que o pedido avaliado é de caráter provisório e tem a senadora Professora Dorinha (União-TO) como relatora. Luciano Bivar deve participar da reunião por meio de videoconferência.
Caso o pedido seja aprovado, por ao menos 11 dos 17 membros autorizados a votar, Bivar será afastado imediatamente do cargo. A partir desse momento, ele terá o prazo de cinco dias corridos para apresentar o contraditório, de acordo com o artigo 97 do Estatuto do União Brasil.
Depois, o relatório aprovado será avaliado pelo Conselho de Ética da legenda, que terá o prazo de 60 dias para decidir sobre o afastamento e expulsão em definitivo de Luciano Bivar.
Ainda de acordo com o interlocutor, entre os argumentos do pedido de afastamento e expulsão de Bivar está as supostas ameaças pessoais feitas contra Rueda e a suspeita de envolvimento nos incêndios que destruíram as casas do advogado e da tesoureira do partido, a irmã dele Maria Emília Rueda, em Pernambuco no dia 11 de março.
Porém o principal argumento é sobre uma suposta carta de anuência que Bivar teria dado a seis deputados federais do Rio de Janeiro, que tinham pedido desfiliação do partido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sem perder o mandato.
Segundo o interlocutor, Luciano Bivar teria validado as desfiliações, de maneira unilateral. O caso ainda tramita no TSE.
Luciano Bivar segue negando as acusações e ressaltou que não teve envolvimento com o incêndio aos imóveis da família Rueda. Em relação às ameaças, ele afirmou que não foram pessoais, mas admitiu que disse que acabaria com a raça política de Antônio Rueda.
A ISTOÉ entrou em contato com Luciano Bivar para comentar sobre o caso, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto.
Bastidores
A tendência é de que o pedido provisório de afastamento e expulsão seja aprovado, pois Rueda possui apoio da maioria dos convencionados que têm direito a voto.
De acordo com o interlocutor, o boato dentro da legenda é que Bivar “é um ex-presidente em atividade, porque é apenas questão de tempo para ele sair do cargo”.
Relembre o caso
Bivar e Rueda eram aliados, mas as coisas mudaram e após eles protagonizarem uma briga pela liderança do partido.
Depois, o caso escalonou, envolvendo até polícia. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou as redes sociais para comentar sobre os incêndios e acusou Luciano pelo ocorrido.
“Bivar agiu como um desqualificado ao fazer ameaças à família e ao novo presidente do partido. O União Brasil fará uma representação junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que esse crime seja investigado”, disse.
Ronaldo ainda ressaltou que pediria a cassação de Bivar. “Falei com a governadora de Pernambuco Raquel Lyra, que me informou que toda a polícia do estado está dedicada em esclarecer o caso. Nenhum crime ou ameaça ficará impune”, concluiu.
