A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira, 2, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), sob suspeita de integrar uma organização criminosa e cometer o crime de corrupção passiva nos desvios de recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

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A corporação concluiu que houve irregularidades em obras executadas na cidade de Vitorino Freire (MA), governada por Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações, custeadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino quando atuava como deputado federal.

No decorrer das investigações, a PF mapeou três caminhos usados para o desvio dos recursos da Codevasf. São eles: pavimentação de estradas que beneficiava propriedades dos familiares de Juscelino, indicações de pagamentos a terceiros e a contratação de uma empresa que a corporação suspeita ser do ministro.

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, o União Brasil reforçou seu total apoio ao ministro e ressaltou que “suspeitas são apenas suspeitas, e o partido não vai admitir pré-julgamentos ou condenações antecipadas”.

A legenda também ressaltou que a investigação feita pela PF não “tem relação direta com a atuação de Juscelino Filho como ministro das Comunicações. Curiosamente, ela teve início após sua nomeação para o primeiro escalão do Governo Federal, o que levanta suspeitas sobre uma possível atuação direcionada e parcial na apuração”.

“Recordamos que investigações semelhantes no passado levaram a condenações injustas. Portanto reiteramos a importância de respeitar o amplo direito de defesa, que até o momento não foi devidamente observado. O União Brasil reafirma seu apoio ao ministro Juscelino Filho e sua confiança na Justiça, o único órgão competente para julgar”, finalizou.