03/08/2024 - 17:25
O União Brasil formalizou neste sábado, 3, o apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), na disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano. A confirmação aconteceu em um evento do partido na Zona Sul da capital.
O documento foi assinado pelo presidente da Câmara dos Vereadores, Milton Leite, que afagou Nunes durante seu pronunciamento. Em um dos recados ao candidato Guilherme Boulos (PSOL), Leite atacou o ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a quem chamou de “dorminhoco”.
“Eles tiveram oportunidade e não fizeram nada. O dorminhoco que passou muito tempo aqui, não trabalhava de sábado e domingo, só chegava na prefeitura à tarde”, afirmou.
Leite ainda afirmou não haver divergências com o prefeito e disse não ter pedido nada em troca pelo apoio. Nas últimas semanas, a relação entre ele e Ricardo Nunes ficou estremecida após o União Brasil pedir maior protagonismo na campanha e na próxima gestão.
“Ao contrário do que a imprensa marrom diz, nós não vamos bater. Se um dia o senhor quiser escolher um quadro técnico do União Brasil, será discricionário. Nós nunca vamos pedir nada. Nós vamos te ajudar de todas as formas que você precisar. Vida que segue”, afirmou.
A fala, porém, contraria a dada na convenção da legenda, realizada no dia 20 de junho. Na época, Milton Leite defendeu um governo de coalizão e pediu a criação das secretarias de Defesa dos Animais e de Proteção aos Mananciais.
O União Brasil ainda quer a manutenção do comando da Câmara dos Vereadores, que deve ser atendido de pronto pela coligação de Nunes. A presidência do Legislativo foi uma troca para abdicar pelo vice na chapa e deixar a indicação para o PL.
No decorrer das últimas semanas, Milton ainda ensaiou se lançar como candidato, embora negue a cogitação. O partido ainda tinha o deputado Kim Kataguiri como possibilidade de candidatura, mas a executiva estadual, liderada pelo deputado Alexandre Leite, defendia o apoio ao atual prefeito.
Em seu discurso, Milton Leite ainda defendeu Ricardo Nunes e deu a entender serem falsas as notícias de desvios em creches na cidade de São Paulo. Nunes é investigado pela Polícia Federal por receber valores por meio da Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria), comandada por uma ex-funcionária da Nikkey, empresa de propriedade do emedebista.