ROMA, 19 SET (ANSA) – A União Africana manifestou nesta quarta-feira (19) seu “desconcerto” com as declarações nas quais o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, comparou migrantes do continente a “escravos”.   

Por meio de um comunicado, a entidade pede que o também vice-premier italiano “retire” suas “afirmações desdenhosas” sobre os africanos. Na ocasião, durante uma reunião ministerial em Viena, Áustria, Salvini disse que a Itália não precisa de “novos escravos para suplantar” a queda da taxa de natalidade no país.   

Mais tarde, no entanto, ele esclareceu que não chamou os africanos de escravos, mas sim censurou a ideia de “fazê-los chegar à Europa para obrigá-los a trabalhar ou viver em condições tão degradantes”, como a “escravidão”.   

“Não tenho nada do que me desculpar”, declarou o ministro nesta quarta, acrescentando que suas declarações eram “em defesa” dos migrantes. “Se alguém achou ruim, talvez tenha havido um defeito na tradução francesa”, disse.   

Salvini é o artífice do endurecimento das políticas migratórias da Itália e fechou os portos do país para pessoas resgatadas no Mar Mediterrâneo, em sua maioria deslocados internacionais provenientes da África Subsaariana. (ANSA)

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