A Unesco pediu nesta quinta-feira medidas urgentes para salvar o que resta da antiga cidade iraquiana de Nimrod, devastada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Fundada no século XIII a.C, Nimrod é uma das joias arqueológicas do Iraque, cujo território é frequentemente considerado como o berço da civilização.

De acordo com uma missão de avaliação da agência da ONU, a cidade antiga de Nimrod sofreu “danos consideráveis ​​depois de explosões e ataques” perpetrados por combatentes extremistas.

“Medidas urgentes devem ser tomadas para garantir a proteção física imediata do sítio (…) e evitar o roubo dos fragmentos restantes”, pediu a Unesco em um comunicado após a visita de especialistas na quarta-feira.

“É vital para o povo iraquiano. É essencial para a segurança e estabilidade da região. É importante para a história da humanidade”, ressaltou Irina Bokova, diretora-geral da Unesco, citada na nota.

Este sítio, patrimônio mundial da Unesco, foi reconquistado pelas forças iraquianas em meados de novembro, dois anos depois de ter caído nas mãos do EI.

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Em 2015, o EI transmitiu imagens em que seus combatentes destruíam baixos relevos e estátuas antes de explodi-los.

O grupo extremista também roubou numerosas peças arqueológicas, posteriormente vendidos para financiar suas operações.

A Unesco apresentará um plano de resgate a longo prazo durante uma conferência sobre o patrimônio cultural nas zonas libertadas do Iraque nos dias 23 e 24 de fevereiro em Paris.

O Estado Islâmico, que considera as estátuas humanas ou animais como símbolos de idolatria, destruiu vários sítios arqueológicos no Iraque e na Síria, entre eles a célebre cidade histórica de Palmira.


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