Unesco aumenta lista de patrimônios imateriais da humanidade

SÃO PAULO, 06 DEZ (ANSA) – A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) incluiu nesta quarta-feira (6) seis novos itens em sua lista de patrimônios culturais imateriais da humanidade.   

Em uma reunião de seu comitê intergovernamental em Jeju, na Coreia do Sul, a entidade reconheceu tradições de países da Ásia, da América Latina, do leste da Europa e da África, mas ainda não se pronunciou sobre a “arte dos pizzaiolos napolitanos”.   

Os novos patrimônios culturais imateriais da humanidade incluem a Kochari, tradicional dança folclórica da Armênia, bastante comum em festas, celebrações e encontros familiares; e a preparação da Dolma, um dos pratos mais característicos do Azerbaijão.   

Ainda na Ásia, a Unesco reconheceu a Shital pati, arte de tapetes artesanais em Bangladesh; e o Al Qatt Al Asin, tradicional decoração de paredes feita por mulheres na Arábia Saudita e voltada especificamente para quartos de visitas.   

Na América Latina, foram tombados a festa boliviana de Alasitas, realizada anualmente em La Paz e onde as pessoas compram miniaturas para que elas se tornem realidade; e o “punto”, música e poesia dos trabalhadores do campo em Cuba.   

Completam a lista o Zaouli, dança folclórica da comunidade Guro, na Costa do Marfim; as tradições culturais que celebram o início da primavera na Bulgária, Macedônia e Romênia; e o Konjic, artesanato de gravação em madeira típico dessa cidade homônima da Bósnia-Herzegóvina.   

A Unesco ainda incluiu seis elementos na lista de patrimônios culturais imateriais que precisam de “salvaguarda urgente”, como os cantos de trabalho dos vaqueiros da região dos Llanos, entre Colômbia e Venezuela. A medida ajuda a entidade a mobilizar a comunidade internacional para proteger práticas culturais sob risco.   

Pizza – Na Itália, a reunião do comitê da Unesco é acompanhada com atenção por causa da candidatura da “arte dos pizzaiolos napolitanos” a patrimônio imaterial, apoiada por uma petição assinada por mais de 1,3 milhão de pessoas.   

“Estamos aqui torcendo e esperamos que [o reconhecimento] chegue amanhã [7]”, disse o ministro dos Bens Culturais da Itália, Dario Franceschini, durante uma visita a Nápoles. (ANSA)