‘Undine’ leva o prêmio da crítica do festival alemão

Distribuidor (Imovision) e exibidor (Reserva Cultural), Jean-Thomas Bernardini pauta suas escolhas não só pela qualidade, mas por um apurado gosto de cinéfilo. Ele já tem tantos filmes na lista de espera de sua carteira para futuro lançamento que veio a Berlim, para o mercado, disposto a maneirar. Ele comprou Undine, de Christian Pertzold. No fim da tarde de sexta, 28, a Fipresci, Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica, inaugurou as premiações da Berlinale de 2020. E o prêmio da crítica foi para… Undine!

Petzold foi engraçado. Agradeceu o prêmio, mas disse que já estava de saída. Ia festejar em casa com um bom vinho, assistindo ao futebol. Ao anunciar o prêmio, o veterano crítico Michel Ciment, da revista francesa Positif, afirmou: “Ao transpor o mito grego para a modernidade e pela contribuição da atriz Paula Speer no papel-título, o prêmio vai para Undine”. Embora bom, não era o melhor filme da competição.

Na seção Panorama, o prêmio da crítica foi para Mogul Mowgli, de Bassam Tariq, com Riz Ahmed. Rapper britânico-paquistanês, também conhecido como Riz MC, vem levando uma interessante carreira no cinema. O filme, com elementos autobiográficos, é sobre rapper que tem de interromper turnê por problemas de saúde, tendo de ir para a casa dos pais tradicionalistas, que não aceitam a carreira do filho. O choque é inevitável.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.