Na última quinta-feira 13, o presidente Michel Temer nomeou a sub-procuradora Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir de 18 de setembro. A nomeação ocorreu um dia depois da sua aprovação em sabatina no Senado por 74 votos a 1. Raquel foi indicada por Temer ao cargo após ficar em segundo lugar na eleição interna do Ministério Público Federal (MPF), atrás de Nicolao Dino, atual vice-procurador-geral eleitoral.

Durante a sabatina, a procuradora afirmou aos senadores que o combate à corrupção terá “prioridade e terá todo o apoio necessário” em sua gestão. Ela também acenou a favor da reforma da Lei de Abuso de Autoridade e da execução de pena após decisão de segunda instância. Sobre a Lava Jato, disse que, se necessário, pode aumentar as equipes responsáveis pela investigação.

Raquel posicionou-se ainda contra os vazamentos de informações sobre investigações do Ministério Público. “É preciso adotar estratégias internas para não só impedir, mas conter a utilização indevida dos vazamentos.” A procuradora será a primeira mulher a ocupar o cargo e terá mandato de dois anos.