ROMA, 07 JUL (ANSA) – Um estudo divulgado nesta terça-feira (07) pelo Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) mostrou que uma em cada três empresas do país correm risco de fechar por conta dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Para efeitos de estudo, foram consideradas aquelas em que há, no mínimo, três funcionários.   

“O impacto da crise nas empresas foi de intensidade rápida e extraordinária, determinando sérios riscos para a sobrevivência: 38,8% das empresas italianas (que equivalem a 28,8% da ocupação com cerca de 3,6 milhões de funcionários) informaram que os fatores econômicos e organizacionais as colocam em risco de sobrevivência ao longo do ano”, diz o relatório.   

O perigo de fechar é muito mais alto entre as microempresas (40,6%) e as pequenas (33,5%), mas existe entre as médias (22,4%) e as grandes (18,8%). A análise do Istat também foi segmentada por setores e cerca de seis a cada 10 hotéis e restaurantes correm o risco de fechar em até um ano, colocando em risco cerca de 800 mil postos de trabalho. Conforme o relatório, 65,2% das empresas dos dois setores informaram que terão graves dificuldades financeiras, e 61,5% daquelas voltadas para o esporte, a cultura e o entretenimento estão no mesmo caminho.   

“A perspectiva de fechamento das atividades é determinada, prevalentemente, pela elevada queda no faturamento (mais de 50% menos do que o registrado no mesmo período de 2019) que atingiu 74% das empresas e pelo lockdown (para 59,7% das empresas)”, informa o Istat.   

Apesar de menor, o impacto também é considerado “relevante” nos setores de manufatura, construção e comércio. O estudo ainda informou como foi o funcionamento de todos os tipos de empresas durante o período de lockdown, que foi vigorou entre 10 de março e 4 de maio. Ao todo, 32,5% delas trabalharam durante o período, o que corresponde 48,3% dos trabalhadores italianos. Outras 43,8% (com 26,9% dos funcionários) ficaram fechadas, ao menos, até o dia 4 de maio, quando o governo italiano começou a flexibilizar as medidas. O ponto positivo do anúncio ficou por conta do e-commerce, que registrou um crescimento de 41,7% em maio nas vendas na comparação ao mesmo mês de 2019. Em abril, a alta havia sido de 28,2%.   

No entanto, esse é único setor do comércio a crescer, já que as vendas no varejo nas lojas físicas ainda patina. Segundo o Istat, em maio, houve queda nas vendas 18,8% para os pequenos negócios e de 23% no caso das vendas fora de lojas e por ambulantes. (ANSA)

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