O ataque do Brasil desencantou diante do Peru com a goleada por 5 a 0 no último sábado, na Arena Corinthians, em São Paulo, pela terceira e última rodada do Grupo A da Copa Amércia, mas a defesa vem se mantendo sólida. Nos últimos cinco jogos, a seleção não sofreu gols. Nos 39 jogos da era Tite, foram apenas 10 gols sofridos. O goleiro Alisson, um dos responsáveis por esse “paredão”, afirma que o time todo marca, não só os zagueiros.

Quais fatores explicam o fato de o Brasil não levar gols nos últimos cinco jogos?

É uma das forças do Tite. A gente tem uma equipe que trabalha muito bem defensivamente. Isso não acontece na última linha de zagueiros, mas também quando a gente perde a bola no campo de ataque. A gente já tenta recuperar. É mérito dos jogadores que se dedicam à marcação. Todos procuram pressionar para roubar a bola rapidamente.

Por outro lado, você vem sendo pouco exigido…

O jogo é o resultado do trabalho da semana. É muito importante o trabalho mental de se manter focado, independentemente de ser acionado ou não.

Você tem sido bastante aplaudido pela torcida. Fica surpreso?

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É o reconhecimento do trabalho feito na temporada, o fato de ter conquistado a Liga dos Campeões da Europa. Isso influencia e dá mais confiança para o torcedor em relação ao meu trabalho. É um orgulho vestir a camisa da seleção.

Como o Brasil conseguiu reconquistar a torcida?

A vaia sempre nos deixa um pouco decepcionados. A gente se dedica, mas o resultado não vem em algumas partidas. O torcedor é o reflexo daquilo que acontece dentro de campo. Fizemos o gol no início com o Peru e isso empolga a torcida.

Por que o Brasil jogou melhor?

O gramado estava muito melhor. Isso favoreceu o toque de bola rápido. Aproveitamos as chances que criamos e isso trouxe o torcedor para o nosso lado e aumentou a confiança.

A seleção enfrentou Honduras com 16 mil pessoas em Porto Alegre. Você espera um público maior pelas quartas?

Acho que sim. Mas a gente não sabe muito o que esperar em virtude da reclamação em cima do preço dos ingressos. A gente acaba comprando ingressos para a família e acaba sentindo. Todo mundo sai prejudicado com isso.

Você viu as faixas de protesto?

Não, não vi. Mas acho que elas são justas.

O Everton se destacou na goleada sobre o Peru. Você era goleiro do Inter e ele defendia o Inter. Como é enfrentá-lo?

Acho que eu o enfrentei uma vez apenas. Assim que ele começou, eu saí do Inter. É uma maravilha ter um jogador como ele. É mais um craque a nosso favor.



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