O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi alvo esta semana de duas operações policiais que estremeceram sua campanha para o Senado. Na primeira operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Richa foi preso na terça-feira 11, ao lado da mulher Fernanda e do irmão Pepe, além de outros 12 ex-secretários e empresários, sob a acusação de fraudes em licitação de R$ 70 milhões para a manutenção de estradas rurais. Ele é acusado de receber propinas e de ter lavado o dinheiro, com a ajuda da mulher.

Na outra investigação, sob comando da PF, o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal, mandou fazer buscas na casa do ex-governador e prender seu ex-chefe de gabinete Deonilson Roldo, por ter recebido, em nome de Richa, R$ 3,5 milhões em propinas da Odebrecht para a construção da PR-323, num escândalo que havia sido denunciado por ISTOÉ em maio. Richa teria recebido propinas da empreiteira por meio do codinome “Piloto”. Moro determinou o bloqueio de R$ 50 milhões em bens de Roldo.

Os dois casos atingem gravemente a candidatura de Richa ao Senado, disputa na qual ele vinha garantindo uma das duas vagas como senador pelo Paraná, com 28%, segundo o Ibope, atrás de Roberto Requião (MDB), que lidera com 43%.

Azambuja

Outro tucano em maus lençóis é o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, candidato à reeleição. Ele foi alvo na quarta-feira 12 da Operação “Vostok”, da PF, que fez buscas e apreensões no palácio do governo. Seu filho Rodrigo Silva foi preso. A PF apura denúncias de recebimento de propinas em troca de créditos tributários para empresas. No ano passado, o empresário Wesley Batista, da JBS, disse que pagou propinas para conseguir incentivos fiscais no MS.

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