Na contramão da politização da vacina travada pelo presidente Jair Bolsonaro contra o Instituto Butantan, Nísia Trindade, presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), mantida pelo governo federal, enviou carta ao presidente do instituto paulista, Dimas Covas, parabenizando-o pelo anúncio da eficácia da Coronavac, o imunizante produzido pelo instituto de pesquisa de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Nísia diz a Covas que viu com satisfação os dados da eficácia da Coronavac, destacando que eles representam “um sopro de esperança”.

A carta foi enviada após o Butantan ter informado que a eficácia da Coronavac para casos leves é de 78% e de 100% para casos mais graves. Esta semana, o instituto paulista disse que a eficácia geral é de 50,38%, acima do mínimo de 40% exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Foi com grande satisfação que recebi a notícia sobre os dados da eficácia da vacina Coronavac. Em um dia marcado pelo sentimento do luto diante da perda de vidas e das dificuldades no enfrentamento à pandemia, contar com a vacina do Instituto Butantan é um alento para sociedade brasileira”, diz a presidente da Fiocruz na carta enviada na última sexta-feira,8.

Para Nísia, “o esforço de esperança do Butantan vem somar-se ao bem sucedido da Friocruz através de seu Instituto Biomanguinhos na produção e incorporação da vacina de vetor viral para a Covid-19, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca”. Segundo Nísia, a vacina da Friocruz já está em aplicação em diferentes países: “Estou certa que muito em breve ela integrará o plano de vacinação no Programa Nacional de Imunizações.”

“No momento em que Fiocruz e Butantan completam 120 anos de incansável atuação em prol da saúde de nossa população, contribuirmos com vacinas eficazes, seguras e dirigidas para o Sistema Único de Saúde representa a consolidação do esforço diário de promover ciência e tecnologia a serviço da vida”, acrescentou Nísia Trindade.

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