Em sua 33.ª edição, a Bienal de São Paulo, sob a curadoria geral de Gabriel Pérez-Barreiro, decidiu lançar um olhar especial para jovens artistas. Nomes em ascensão e plena atividade dividem espaço, no Pavilhão, com artistas que morreram cedo, sem tanto reconhecimento.

Um dos maiores destaques desta edição é a brasileira Sofia Borges, que, aos 34 anos, assume a importante função de artista-curadora, ao realizar uma mostra própria no evento em que une suas obras às de outros artistas. Em A Infinita História das Coisas ou o Fim da Tragédia do Um, Sofia discute mitos, com trabalhos de artistas também jovens e contemporâneos dela, como Bruno Dunley e Rafael Carneiro, e nomes renomados, como Tunga, morto em 2016, e Leda Catunda.

“Para os artistas que fizeram novos trabalhos para essa exposição, o direcionamento foi a ideia de fluxo, que vamos desenvolver ao longo dos meses”, explica. A curadora vai fazer, durante todo o período da Bienal, projetos de ativação. “Vamos entender a exposição como obra.”

Além de Sofia, outros artistas-curadores desta edição também escolheram artistas jovens para os seus núcleos, como Cameron Rowland e Jennifer Packer na seção de Alejandro Cesarco e Lhola Amira e Mame-Diarra Niang na de Wura-Natasha Ogunji.

Nas mostras individuais, nomes atuais como Bruno Moreschi, Luiza Crosman e Maria Laet dividem espaço com os homenageados deste ano, o guatemalteco Aníbal López, o paraguaio Feliciano Centurión e a brasileira Lucia Nogueira. Os três morreram na faixa dos 40 anos e tiveram obras produzidas nos anos 1990. “Foi uma geração muito importante, que trabalhou após as ditaduras”, explica Pérez-Barreiro, que acredita que é dever da Bienal resgatar esses nomes. “O fato de terem morrido tão jovens traz o risco de serem esquecidos.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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