Um morto após ataque na entrada de colônia israelense na Cisjordânia

Um morto após ataque na entrada de colônia israelense na Cisjordânia

Um guarda estacionado na entrada da colônia de Ariel, na Cisjordânia ocupada, morreu após ser baleado por dois agressores que fugiram de carro, disseram o exército e equipes de resgate israelenses.

“Os terroristas se aproximaram da entrada da cidade de Ariel, no norte da Cisjordânia, e atiraram no guarda”, explicou o Exército em um comunicado.

Os serviços de emergência confirmaram a morte do guarda, que tinha em torno de 20 anos.

O exército indicou que suas forças estão procurando os suspeitos e que algumas estradas foram bloqueadas.

O movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, exaltou o ataque como “uma operação heroica para concluir o mês sagrado do Ramadã”.

“Esta é parte da resposta de nosso povo aos ataques contra Al Aqsa”, disse em um comunicado o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, em referência à violência na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém Oriental, onde dezenas de pessoas ficaram feridas.

O Crescente Vermelho palestino indicou que 42 pessoas ficaram feridas no local, venerado por muçulmanos e judeus.

A polícia israelense divulgou imagens que mostram homens jovens na Esplanada jogando pedras e fogos de artifício nesta sexta-feira. As forças entraram no local ao amanhecer.

Um comunicado da polícia ressaltou que o objetivo era conter “arruaceiros e infratores da lei”, alguns dos quais tentaram lançar pedras contra o Muro das Lamentações, lugar sagrado para os judeus abaixo da Esplanada.

De acordo com a polícia, os agentes usaram “meios de dispersão de motins” para controlar os distúrbios e duas pessoas foram detidas, uma delas por atirar pedras e outra por “incitar a multidão”.

Um jornalista da AFP verificou que a polícia israelense disparou balas de borracha, enquanto uma testemunha disse que gás lacrimogêneo também foi usado.

Uma tensa calma foi restaurada no local após a inquietação em torno das orações matinais.

No começo da tarde, uma multidão de fiéis muçulmanos se reuniu em Al Aqsa, alguns agitando bandeiras palestinas e as cores do Hamas, indicou um jornalista da AFP.