Como disseram os especialistas da Marinha da Tailândia, não se sabe se foi milagre, ciência ou tudo junto. Depois de 18 dias presos em uma caverna no norte do país, os 13 garotos que ficaram conhecidos como os “javalis selvagens”, em referência ao nome do time de futebol em que jogavam, foram resgatados com sucesso. Também foi socorrido o treinador do time, Ekkapol Chantawong. O trabalho de resgate dos meninos, em julho, mobilizou o mundo e foi acompanhado passo a passo. Dezenas de voluntários seguiram para o local e ajudaram no que era possível. O grupo conhecia a região e também o perigo de entrar muito fundo nas cavernas, principalmente por causa das chuvas rápidas, mas torrenciais, que caem por lá. Foi o que aconteceu com eles. Depois de entrarem, foram surpreendidos por um temporal que os obrigou a ir mais fundo, até ficarem sem saída. Nos primeiros nove dias, não comeram nada. Beberam a água que escorria das pedras e meditaram para suportar a fome. Diversas tentativas foram feitas antes da retirada vitoriosa de todos. Um dos voluntários, o mergulhador aposentado Saman Gunan, morreu em uma das ações. O milagre tailandês marcou o ano como um exemplo do que a ciência e a solidariedade podem fazer juntas.