‘Um membro do governo Bolsonaro tentou boicotar’, diz Lázaro Ramos sobre seu filme

'Um membro do governo Bolsonaro tentou boicotar', diz Lázaro Ramos sobre seu filme
'Um membro do governo Bolsonaro tentou boicotar', diz Lázaro Ramos sobre seu filme Foto: Reprodução/TV Cultura

Durante sua participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, que aconteceu na noite de segunda-feira (11), Lázaro Ramos comentou sobre as declarações  dos membros do governo do presente Jair Bolsonaro (PL), o ex-secretário de Cultura Mário Frias e o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, contra ele e sua esposa, Taís Araújo.

A polêmica começou após a atriz falar na entrevista da pré-estreia do filme ‘Medida Provisória’ que os últimos quatro anos de governo Bolsonaro não foram só difíceis, foram infernais, um pesadelo, em que a gente andou pra trás a galope”.

Nas redes sociais, Mário Frias disparou que o casal não faz nada pelo país. Já Sérgio disse que Taís é mimizenta.

“Isso é campanha política que estão fazendo em cima de nós, que temos relevância, temos público, tirando foco dos problemas do governo. É uma cortina de fumaça. Isso não tem nada a ver com a gente. É pras pessoas não debaterem sobre o preço da gasolina, dos alimentos. É para as pessoas não debaterem a crueldade e a falta de valor à vida com a que a pandemia foi tratada. É pra isso. Isso é uma tentativa que eles fazem há muito tempo. Mas cada um luta com as armas que tem. Eu acredito muito nas armas que a gente está lutando, que é ser ético, correto, respeitoso, trabalhador. É isso que a gente tem a oferecer pro mundo. Quem vai atrás deles, só lamento”, disse Lázaro na atração.

O artista finalizou explicando o motivo do atraso do lançamento de ‘Medida Provisória’ e revelou que um membro do governo Bolsonaro puxou um boicote ao filme: “O filme está pronto desde 2019, em 2020 nós estrearíamos e mesmo assim não conseguimos a assinatura da Ancine pra trocar a distribuidora, que distribuiria o longa no Brasil e no exterior. O que se sabe é que teve um membro do governo puxou boicote ao filme, sem ter assistido, dizendo que o filme foi feito para falar mal do tal Messias. Depois disso, a assinatura não vinha, depois de solicitações recorrentes”.

“A assinatura chegou depois de a gente adiar a estreia do filme por quatro vezes, a gente depois não tinha mais desculpas pra dar porquê o filme não estava estreando. A gente teve que relatar a imprensa o que estava acontecendo. A imprensa começou a falar sobre censura através da burocracia. A assinatura chegou somente após que isso foi noticiado”, disse ele, que refletiu: “Talvez, pelo medo de acontecer o que aconteceu com Marighella, de Wagner, que quando a notícia da censura chegou, acabou divulgando mais o filme e foi muito bem-sucedido nos cinemas.”

Assista ao vídeo: