Um dos maiores atletas de todos os tempos, não sabe perder. Após ganhar todos os torneios da temporada: Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e o US Open, Djokovic poderia ser o primeiro homem a vencer o Golden Slam, que inclui os títulos nos maiores torneios do tênis e a medalha de ouro das Olimpíadas. No meio do caminho, entretanto, estava o alemão Alexander Zverev e o espanhol Pablo Carreno Busta.

Ao perder as chances de ouro e bronze teve atitudes dignas de uma criança mimada: primeiro arremessou a raquete para a arquibancada, depois deu chilique e quebrou a raquete ainda em quadra em um “dia de fúria”. As derrotas fizeram até com que o atleta desistisse de participar de sua próxima partida, dessa vez a de duplas mistas onde jogaria com a tenista Nina Stojanovic. Atitude que não combina em nada com as palavras que prega.

Ao alfinetar a ginasta americana Simone Biles, que pediu para ser reserva alegando problemas emocionais, Djokovic disse que para ser um atleta “do topo”, é preciso aprender a lidar com a pressão dentro e fora das quadras. “Aprendi a desenvolver um mecanismo para gerir isto, para que não me incomode mais, não me canse”, afirmou. Será mesmo? O público diante dessas atitudes relembrou o caso de Serena Williams, que foi penalizada no passado por jogar a raquete e discutir com o árbitro. Djokovic até o momento não sofreu nenhuma penalização.

E, como se tudo isso não fosse o bastante, o tenista ainda se diz contra as principais evidências científicas. Pouco apegado à ciência, já chorou por ter feito uma cirurgia no cotovelo, pois, segundo ele, o corpo possui mecanismos para que se cure naturalmente. Também afirmou que não saberia qual seria a sua reação se fosse obrigado a tomar vacina para jogar em uma competição. Para ele, o ideal é purificar a água com a mente. O tenista Rafael Nadal, após ver a fúria do colega em quadra, disse o essencial: “Quando um jogador é seguido por tantos jovens, deve dar o exemplo. É estranho que alguém que vence tanto tenha estas reações”.