Frequentador assíduo de arquibancada de estádio de futebol desde os dez anos de idade, sempre atrás do Galão da Massa, ou Clube Atlético Mineiro para os menos informados, acostumei-me, quando adolescente, e lá se foram algumas décadas, a ouvir e cantar: “um, dois, três, o Cruzeiro é freguês”. Certamente cada cidade e estado possuem adaptações para os clubes e as rivalidades locais.

Ao tomar conhecimento, hoje, pelo sempre ótimo Estadão, de que Jair Bolsonaro, o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones e muito dinheiro vivo, “confiscou” para si um novo lote de joias, recebido como presidente da República por uma nação estrangeira, dessa vez um relógio da marca Rolex, cravejado de diamantes, estimado em mais de 350 mil reais, me lembrei da musiquinha.

O primeiro caso de furto, ou contrabando, escolha um dos dois, porque é exatamente disso que se trata, foram as já famosas joias de Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama que recebeu 90 mil reais em cheques de um casal de milicianos, que entraram ilegalmente no País. O segundo caso foi o estojo com abotoaduras, anel e caneta da marca Chopard, que o devoto da cloroquina tomou para si. Eis agora o terceiro: um, dois, três…

Na zueira do futebol, um time que perde muito e/ou seguidamente de outro, fica conhecido como freguês. Assim, nada mais justo do que chamar Bolsonaro de freguês. Afinal, é o terceiro caso de presentes valiosíssimos recebidos de ditadores árabes. A dúvida que fica é: por quê? Na boa, o amigão do Queiroz já pode pedir música no Fantástico, pois é tri. E assim sendo, eu pergunto: pode isso, Arnaldo? Com a palavra o VAR, ou melhor, a PF.