A pesar de serem repletas de recursos e glamour, as grandes metrópoles ao redor do mundo sofrem com um problema em comum: a falta de moradia para todos. É muita gente para pouco espaço e a demanda não para de aumentar, visto que a população urbana só cresce. Mas novas tecnologias prometem ampliar a oferta de casas em grande velocidade e diminuir o drama das pessoas que buscam um lugar para morar. A Mighty Buildings, empresa americana especializada em construções inovadoras, é um exemplo de reinvenção quando o assunto é habitação. Recentemente eles anunciaram a construção do primeiro bairro de casas sustentáveis feitas por impressoras 3D nos Estados Unidos.

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Divulgação

O local escolhido foi o Valle Coachella, na Califórnia, conhecido pelo festival de música e o clima quente. Erguidos no “meio do deserto”, os empreendimentos iniciaram uma revolução imobiliária no País. Em conversa com a ISTOE, um representante da empresa informou quais são os planos de médio prazo. “As obras na Califórnia terminam em 2022, mas nosso plano de expansão é nacional. O céu é o limite”, disse. O esquema de pré-moldagem é a base do negócio e graças ao maquinário de última geração eles conseguem erguer casas com aproximadamente 106 metros quadrados em até 24 horas. Cerca de 80% da construção é automatizada e não há necessidade de envolver dezenas de funcionários no projeto. A necessidade de construir rapidamente fez com que a Mighty Buildings explorasse um território até então inexplorado. Ela segue padrões vistos em bairros como Tribeca, em Nova York, feitos sob medida e repletos de condomínios de luxo privados.

TECNOLOGIA As casas levam cerca de 24 horas para ficarem prontas: construções pré-moldadas (Crédito:Divulgação)

As moradias serão divididas em dois tipos: básico e customizado. Elas terão piscinas, cabanas, banheiras de hidromassagem, lareiras e chuveiros ao ar livre. Além disso, contam com mais de três quatros e dois banheiros. Os preços iniciais variam de U$S 595 mil – modelo básico – até US$ 950 mil, valores que fazem do bairro um condomínio de “mini-mansões”. “A meu ver, a construção 3D é tudo que o mercado quer. É a última palavra tratando-se de obras com baixo custo de mão de obra”, afirma o arquiteto Alexandre Fantozzi, especialista em sustentabilidade. Ele também reforça que é uma questão de tempo até a “onda 3D” tomar conta do mercado e substituir modelos tradicionais.