Um ano após deixar o Boca Juniors, time no qual estreou em 2001 e o último em que jogou, Carlos Tevez, um dos maiores ídolos do futebol argentino, afirmou que não voltará a jogar profissionalmente e que pretende ser técnico.
“Sim, estou aposentado, está confirmado. Eles me ofereceram muitas coisas, nos Estados Unidos, na Argentina também, mas como jogador, é isso. Como jogador, dei tudo, o que tinha no coração Eu dei e isso me deixa mais tranquilo”, declarou em entrevista à América TV.
Tevez, de 38 anos, disse que pretende ser técnico e para isso trabalha há vários meses com Carlos ‘Chapa’ Retegui, ex-treinador das seleções argentinas de hóquei em campo e atual secretário de Esportes da cidade de Buenos Aires.
“Vou dirigir, tomei a decisão. Estou em um projeto com ‘Chapa’ Retegui e meus irmãos, estamos montando um projeto muito bom, muito abrangente que me emociona. Estou (pronto) para dirigir”, disse Tevez.
O ex-atacante afirmou que em sua decisão de deixar definitivamente o futebol profissional pesou a morte de seu pai adotivo, Segundo Tevez, que morreu em 21 de fevereiro de 2021 aos 58 anos infectado com covid-19, e de quem ele disse sentir muita falta.
“Eu parei de jogar porque perdi meu fã número 1. Eu tinha oito anos e quem veio me ver foi ele (o pai dele). Aí um dia eu levantei e disse que não jogo mais para ninguém. Tinha perdido meu fã número 1 e isso fez eu não querer mais jogar”, confessou.
No dia 5 de junho de 2021, quando anunciou sua saída do clube xeneize seis meses antes do término de seu contrato e alegando motivos familiares, deixou as portas abertas para a possibilidade de continuar jogando fora da Argentina, o que acabou não acontecendo.
Depois de encerrar seu terceiro ciclo no Boca, se dedicou a desfrutar da família após o “tempo perdido” nos anos de profissionalismo.
“Estou curtindo muito minha vida, minha família, joguei muito tempo, muito tempo perdido”, confessou.
Tevez, um dos últimos grandes ídolos xeneizes, teve três etapas com a camisa ‘auriazul’ (2001-2004, 2015-2017 e 2018-2021). Em sua carreira obteve um total de 29 títulos, 11 deles com o Boca, entre os quais se destacaram uma Libertadores (2003), uma Intercontinental (2003) e uma Sul-Americana (2004).
Em sua brilhante carreira, jogou pelo Corinthians (2005-2006), na Inglaterra pelo West Ham (2006-2007), Manchester United (2007-2009) e Manchester City (2009-2013), depois pela Juventus na Itália (2013-2015) e no Xangai Shenhua na China (2017).
Com o Manchester United, conquistou a Liga dos Campeões da Uefa de 2007-2008 e o Mundial de Clubes da Fifa de 2008.
Ele também vestiu a camisa da seleção argentina com a qual disputou as Copas do Mundo na Alemanha-2006 e África do Sul-2010 (eliminada nas duas vezes nas quartas de final) e quatro edições da Copa América, sendo vice-campeão em três (Peru-2004, Venezuela-2007 e Chile-2015).
Com a Albiceleste, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
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