A Argentina possui a maior comunidade judaica da América Latina (estima-se que vivam no país cerca de 250 mil judeus). Não deixa de ser preocupante, portanto, que seja justamente na Argentina que se registre um grande aumento no número de denúncias de atos antissemitas – a elevação foi de 55% no ano passado, com um total de 478 comunicados às autoridades. Essa situação no país está sendo tratada com destaque na Alemanha, a partir da publicação da notícia de que foi um argentino quem arrematou num leilão em Munique a última farda do ditador nazista Adolf Hitler. Pagou por ela 600 mil euros (cerca de R$ 2,2 milhões). Outras peças foram adquiridas no leilão, entre elas uma radiografia do crânio de Hitler e o frasco que guardava o veneno com o qual Hermann Göring (criador da Gestapo) se matou. O crescente antissemitismo relaciona-se com a morte do promotor de origem judaica Alberto Nisman. Ele foi encontrado morto quatro dias após acusar Cristina Kirchner de ter encoberto a ligação do Irã com o atentado à Associação Mutual Israelita Argentina.


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