Seis novos casos de ebola foram registrados em Uganda, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, depois que as autoridades do país reportaram na terça-feira a primeira morte pelo vírus altamente contagioso desde 2019.

Na terça, o ministro da Saúde de Uganda relatou um surto de ebola no distrito de Mubende, bem como a morte de um homem de 24 anos.

“Sete casos, incluindo o falecido, foram confirmados como tendo adquirido a cepa sudanesa do vírus ebola”, disse a OMS em comunicado.

“Foram identificados 43 contatos e 10 pessoas suspeitas de terem contraído o vírus estão recebendo tratamento no hospital regional de Mubende”, informou.

“Nossos especialistas já estão trabalhando com a experiente equipe de controle do ebola em Uganda para fortalecer a vigilância, diagnóstico, tratamento e medidas preventivas”, disse Abdou Salam Gueye, diretor regional de emergências do escritório da OMS na África.

Uganda, que faz fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), passou por vários surtos de ebola no passado, sendo o mais recentemente em 2019, quando pelo menos cinco pessoas morreram.

O novo surto se deve a uma cepa do Sudão, que não era vista em Uganda desde 2012, segundo a Organização Mundial da Saúde na África.

Um caso foi reportado na província congolesa de Kivu do Norte, que faz fronteira com Ruanda e Uganda, em agosto, menos de seis semanas depois que uma epidemia no leste da RDC foi declarada encerrada.

O vírus ebola é muitas vezes fatal, com taxas de mortalidade de até 90% para algumas cepas, embora já existam vacinas e tratamentos para essa febre hemorrágica, que se espalha para humanos a partir de animais infectados.

A transmissão entre as pessoas ocorre por meio de fluidos corporais, e os principais sintomas são febre, vômito, hemorragia e diarreia.