A Uefa proibiu a equipe do Rubin Kazan de disputar a próxima Liga dos Campeões ou a Liga Europa nas duas próximas temporadas após o clube quebrar regras do Fair Play Financeiro da entidade, que monitora gastos com transferências e salários dos jogadores. A direção do time da Rússia considera fazer um apelo à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar reverter a decisão anunciada nesta quinta-feira.

O Rubin Kazan é o atual quinto colocado no Campeonato Russo, com 17 pontos, dois atrás do Krasnodar, vice-líder, posição que garante vaga direta na fase de grupos da Liga dos Campeões, assim como ocorrerá com o campeão da competição.

Em maio de 2014, o clube de Kazan fez parte de um acordo de Fair Play Financeiro com a Uefa, juntamente com Manchester City e Paris Saint-Germain. Em seguida, a entidade multou a equipe russa em 3 milhões de euros (cerca de R$ 12,7 milhões) referentes ao prêmio pela sua participação na Liga dos Campeões e ainda aplicou uma outra sanção de 3 milhões de euros pela violação do acordo.

A Uefa não especificou como o Rubin quebrou as regras do Fair Play Financeiro. O clube russo disse que não conseguiu manter o acordo de 2014, mas alega ter feito o suficiente para evitar um punição mais severa.

“Durante todo o ano de 2017 e 2018, a diretoria do clube esteve em contato com a Federação Russa de Futebol e a Uefa, numa tentativa de suavizar as inevitáveis graves sanções, o tanto quanto possível”, disse o Rubin em um comunicado. “O clube mudou completamente a sua política de transferência e de pessoal e o orçamento salarial foi reduzido em mais de 66%. O clube ganhou novos patrocinadores e levou seu trabalho para um nível superior.”

O Rubin jogou a fase de grupos da Liga dos Campeões em 2009, quando venceu o Barcelona por 2 a 1, e em 2010, mas não conseguiu avançar para o estágio eliminatório. A equipe atuou pela última vez na Liga Europa na temporada 2015/2016, ao ficar com a vaga do Dínamo de Moscou, excluído pela Uefa também por violações o Fair Play Financeiro.