LAUSANNE, 15 JUN (ANSA) – A Uefa abriu uma investigação disciplinar contra o meia-atacante austríaco Marko Arnautovic, que exagerou na celebração do terceiro gol do seu país na vitória por 3 a 1 diante da Macedônia do Norte, pela primeira rodada da fase de grupos da Eurocopa.

Depois de ter balançado as redes aos 44 minutos do segundo tempo, Arnautovic fez gestos que podem ser interpretados como racistas e a entidade decidiu nomear um de seus membros para apurar o “incidente” envolvendo o jogador de 32 anos de idade.

Arnautovic, de origem sérvia, fez um gesto de “ok” com as mãos, que pode ser interpretado como uma menção à “supremacia branca”.

Além disso, diversos veículos de comunicação locais apontaram que o austríaco insultou o defensor Ezgjan Alioski, do Leeds United, em função das suas raízes albanesas.

As imagens da transmissão do duelo mostram David Alaba tentando silenciar Arnautovic enquanto os jogadores austríacos comemoram o gol.

O atleta, que defende o Shanghai SIPG, da China, insistiu em uma publicação nas redes sociais que não é racista e pediu desculpas pelo caso. Arnautovic ainda comentou que “defende a diversidade”.

Em um comunicado, a Federação de Futebol da Macedônia do Norte (FFM) condenou o incidente e pediu uma “multa muito severa” para Arnautovic.

Revelado pelo Floridsdorfer, da Áustria, Arnautovic tem passagens por Twente, Inter de Milão, Werder Bremen, Stoke City e West Ham. Atualmente, o jogador está em negociações avançadas para fechar com o Bologna.

Sérvia e Albânia A confusão entre sérvios e albaneses está relacionada ao domínio da região do Kosovo, que declarou sua independência da Sérvia em 17 de fevereiro de 2008, de maneira unilateral, e até hoje não é reconhecido por Belgrado nem por cerca de metade das nações do mundo, incluindo o Brasil.

Para os sérvios, o Kosovo é o berço de sua civilização, embora a grande maioria de seus quase 2 milhões de habitantes seja hoje de etnia albanesa e religião muçulmana. A guerra entre os dois países no fim dos anos 1990 deixou mais de 10 mil mortos.

(ANSA).