A Uefa anunciou, nesta sexta-feira (22), que chegou a um acordo com os torcedores do Liverpool que pediram indenizações pelos danos físicos e psicológicos causados pelos incidentes no Stade de France, em Paris, na final da Liga dos Campeões em 2022.

O time inglês acabou derrotado pelo Real Madrid, mas para muitos o jogo foi marcado por uma traumática experiência com esperas intermináveis, roubos, gás lacrimogênio e dificuldades de acesso ao estádio.

Os detalhes financeiros do “acordo completo e definitivo” não foram revelados, mas sabe-se que as indenizações englobam o reembolso do valor dos ingressos, que a Uefa já tinha se comprometido a fazer há um ano, após um relatório independente concluir que a entidade era a “principal responsável” pelos incidentes.

A final começou com 37 minutos de atraso pelo caos nos acessos ao Stade de France, que gerou indignação na Inglaterra, na Espanha e também na França pelas falhas no esquema de segurança.

O relatório independente eximiu de culpa os torcedores do Liverpool, que em um primeiro momento foram acusados pela Uefa de terem chegado com atraso ao estádio e pelo ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, de terem tentado entrar com ingressos falsos.

“As duas partes aceitaram os termos do acordo (…) sem nenhum reconhecimento de responsabilidade”, explicou a Uefa, mostrando-se “feliz por ter encontrado uma posição comum que, esperamos, permite aos torcedores virar a página”.

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