Cinco meses após ser eleito para suceder Michel Platini, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, anunciou nesta quinta-feira reformas na estrutura da entidade. A principal delas é a limitação a três mandatos, ou 12 anos, para o presidente e membros do Comitê Executivo.

A decisão foi anunciada após reunião do Comitê Executivo da Uefa, em Nyon, na Suíça. E tem por objetivo adequar a entidade europeia a regras de compliance, uma cobrança recente dos membros da entidade após o escândalo que destronou o francês Platini, no ano passado.

Platini foi afastado do futebol por decisão da Fifa na esteira de uma investigação sobre o recebimento de US$ 2 milhões do então presidente da entidade mundial, Joseph Blatter, em 2011. O pagamento não constou nas contas oficiais da Fifa e acabou gerando punição para os dois dirigentes.

Temendo reação dos patrocinadores do futebol europeu a casos como esse, Ceferin se elegeu com a promessa de fazer mudanças na estrutura da Uefa. E, nesta quinta, também anunciou que fará alterações no estatuto para a futura criação de um comitê de Ética na entidade – o caso de Platini, por exemplo, não foi investigado dentro da Uefa.

Entre outras mudanças apresentadas por Ceferin está a inclusão de dois membros da Associação dos Clubes da Europa no Comitê Executivo da Uefa. O dirigente estabeleceu nova condição para interessados em se candidatar à presidência e ao Comitê. Eles deverão ter função oficial em suas federações nacionais, ocupando cargos como presidente, vice, secretário-geral ou CEO.

Todas estas alterações precisarão ser aprovadas pelo congresso anual da Uefa, marcado para o dia 5 de abril, em Helsinque, na Finlândia.