A Uefa está pensando em fazer mudanças no sistema do Fair Play Financeiro que aplica a partir de 2022, podendo até mesmo acabar com o limite de gastos dos clubes, segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport. A mudança seria a transição da ideia de “gastar tanto quanto você arrecadar”, como é atualmente, para “gastar o que é necessário sem desperdício”.

Caso isso se confirme, os maiores beneficiados devem ser clubes como Paris Saint-Germain, Manchester City e Chelsea, financiados por bilionários. Clubes como Real Madrid, Juventus, Manchester United e Barcelona também poderão aumentar os gastos, o que deve levar a um mercado de transferências ainda mais inflacionado do que antes da pandemia.

Atualmente, os clubes que quebraram as regras do Fair Play Financeiro podem sofrer punições pesadas, como multas e serem obrigados a ficar fora das competições europeias. A sanção mais pesada já foi aplicada ao Milan, enquanto o Manchester City foi punido pela Uefa, mas apelou à Corte Arbitral do Esporte (CAS) e conseguiu reverter o resultado.

No momento, o Fair Play Financeiro não está sendo aplicado por conta da pandemia de covid-19. Com a suspensão dos torneios em 2020 e as partidas sem público, os clubes sofreram grandes perdas de arrecadação e muitos estão operando no vermelho na última temporada e na atual.

Contudo, se ocorrerá mesmo uma mudança no sistema ainda não está definido: a Uefa deve realizar uma reunião interna nesta quinta, além de uma com os reguladores da União Europeia na sexta. Todas as mudanças devem ser aprovadas pelo Parlamento europeu para entrarem em vigor.

O Fair Play Financeiro foi criado para frear a atividade das equipes mais poderosas no mercado. A Uefa também discute outras possibilidades de mudança, como a introdução de um teto, salarial. Recentemente, a equipe também propôs diversas mudanças na fórmula de disputa da Liga dos Campeões, seu principal torneio.