A Uefa abriu nesta quinta-feira um processo disciplinar contra o Paris Saint-Germain, seu presidente, o catari Nasser Al-Khelaifi, e seu diretor esportivo, o ex-jogador brasileiro Leonardo, pelo comportamento dos dirigentes após a eliminação do clube francês nas oitavas de final da Champions League.

O processo é baseado no artigo 11 do regulamento disciplinar da Uefa, sobre os “princípios gerais de conduta”, e no artigo 15, que pune “comportamento incorreto de jogadores e dirigentes”, informou um porta-voz da entidade à AFP.

Segundo a imprensa espanhola, Al-Khelaifi e Leonardo tiveram um “comportamento agressivo” e tentaram invadir o vestiário dos árbitros após a derrota do PSG por 3 a 1 para o Real Madrid, que decretou a eliminação do time francês da Liga dos Campeões.

O PSG informou à AFP que Leonardo e Al Kelaifi queriam apenas falar com o árbitro, mas o tom da discussão subiu quando ambos perceberam que estavam sendo gravados pelo celular por um funcionário do Real Madrid.

De acordo com a rádio espanhola Cadena SER, o presidente do PSG ameaçou esse funcionário. Após o incidente, segundo o jornal AS, o dirigente pediu desculpas aos árbitros e ao Real Madrid.

Leonardo e Al-Khelaifi contestavam o primeiro dos três gols de Karim Benzema, alegando que houve falta no goleiro Donnarumma na origem do lance.

“Está claro que é uma sensação de muita injustiça por uma falta clara de Benzema sobre Donnarumma”, disse o técnico do PSG, Mauricio Pochetinno, após a partida.

O processo pode gerar suspensão e multa para Al-Khelaifi e Leonardo por “não respeitar as decisões do árbitro” e por “comportamento antidesportivo”.

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