A União Europeia (UE) alcançou nesta quinta-feira (20) um acordo para um novo pacote “substancial” de sanções contra a Rússia por sua ofensiva na Ucrânia, que visa pela primeira vez o lucrativo setor de gás natural liquefeito russo, anunciaram fontes do bloco.

As novas medidas, que devem ser adotadas formalmente na segunda-feira (24), pretendem frear ainda mais o esforço de guerra do presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia.

“Este pacote de medidas contundentes impedirá ainda mais o acesso da Rússia a tecnologias-chave”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X.

Também “privará a Rússia de mais receitas energéticas e combaterá a frota fantasma de Putin e sua rede bancária no exterior”, acrescentou Von der Leyen.

As medidas incluem a proibição do transbordo de gás natural liquefeito (GNL) na União Europeia, segundo o documento que lista as sanções, do qual a AFP obteve uma cópia.

Os portos europeus são importantes para a Rússia, pois o Velho Continente oferece uma rota importante para as exportações de GNL procedentes dos portos do Ártico para os mercados asiáticos durante o inverno.

Os portos da Bélgica, França, Países Baixos e Espanha são os principais pontos de entrega de GNL procedente da península siberiana russa de Yamal.

O pacote também inclui medidas para dificultar que a Rússia utilize uma “frota fantasma” de navios para contornar as sanções da UE ao petróleo russo.

Incluem ainda medidas contra o sistema de transações financeiras, SPFS, criado pela Rússia após ter sido excluída do sistema financeiro interbancário internacional SWIFT.

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