A Comissão Europeia reduziu drasticamente a previsão de crescimento econômico para a Eurozona este ano, de 4,0% para 2,7%, ao mesmo tempo que elevou a expectativa de inflação a 6,1%, uma consequência do impacto da guerra na Ucrânia.

Na previsão anterior, publicada antes do início do conflito na Ucrânia, a Comissão revelou a expectativa de um crescimento robusto como parte do grande estímulo de recuperação pós-pandemia.

Por este motivo, a Comissão afirma que o corte “deve ser interpretado no contexto do estímulo de crescimento da economia na primavera e no verão (hemisfério norte) do ano passado”.

A Comissão ressalta o enorme impacto que a situação na Ucrânia terá no desempenho econômico tanto para a zona da moeda comum como para o conjunto da União Europeia (UE).

Para toda a UE (incluindo os oito países que não adotaram o euro como moeda), a Comissão também previu em fevereiro um crescimento de 4,0%, que agora foi reduzido para 2,7%, mesmo índice anunciado para a Eurozona.

A redução drástica das expectativas está alinhada com a projeção anunciada em abril pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para um crescimento de 2,8% da Eurozona este ano.

“Não há dúvidas de que a economia da UE está enfrentando um período de desafios por causa da guerra”, afirmou em um comunicado o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis. Ele considera que o principal fator negativo é “a alta nos preços da energia”.