A Comissão Europeia, braço Executivo da UE, recomendará aos países do bloco o início das negociações formais de adesão com a Bósnia, anunciou nesta terça-feira a presidente da instituição, Ursula von der Leyen.

A Bósnia é um país candidato oficial à adesão da UE desde 2022, mas o bloco exigiu, como acontece com todos os aspirantes, uma série de reformas antes do início da fase de negociações formais.

Em um discurso no plenário do Parlamento Europeu, Von der Leyen destacou que a Bósnia demonstrou “que pode cumprir com os critérios de adesão e com a aspiração de seus cidadãos de ser parte de nossa família”.

“Esta é a razão pela qual recomendaremos ao Conselho (Europeu, que representa os países do bloco) que abra negociações de adesão com a Bósnia e Herzegovina”, disse a alemã.

Von der Leyen disse que ainda é “necessário avançar mais” para entrar na UE, mas acrescentou que a Bósnia “deu passos impressionantes”.

“Alcançaram mais avanços em pouco mais de um ano que em mais de uma década”, disse.

A recomendação acontece antes de um encontro de cúpula europeu marcada para 21 e 22 de março, considerado a última oportunidade para a Bósnia abrir negociações de adesão antes das eleições europeias de junho.

Os 27 Estados membros da UE devem aceitar a medida antes do início das negociações.

O início das conversações é apenas o início de um longo processo de reformas que normalmente dura anos, antes de um país finalmente formalizar sua entrada na UE.

A Turquia, por exemplo, iniciou conversações formais de adesão em 2005 e a situação continua estagnada. A Albânia foi reconhecida como país candidato em 2003 e iniciou conversações formais em 2009, que ainda não foram concluídas.

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