Por Foo Yun Chee

BRUXELAS (Reuters) – Facebook, Google e outros gigantes da tecnologia terão que se comprometer a frear a monetização da desinformação por meio de veiculação de anúncios, de acordo com o código melhorado de prática da Comissão Europeia contra notícias falsas.

As preocupações sobre o impacto da desinformação intensificaram-se em meio à pandemia de Covid-19 e às denúncias de fraude eleitoral nos Estados Unidos, com alguns críticos apontando para o papel das mídias sociais e gigantes da tecnologia na disseminação de fake news.

O braço executivo da União Europeia disse que as orientações não vinculativas reforçadas estabeleciam um quadro de monitoramento robusto e indicadores de desempenho claros para as empresas a cumprir, confirmando reportagem exclusiva da Reuters em 19 de maio.

“A desinformação não pode continuar sendo uma fonte de receita. Precisamos ver compromissos mais fortes por parte das plataformas online, todo o ecossistema de publicidade e redes de verificadores de fatos”, disse o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, em um comunicado.

A vice-presidente da Comissão para Valores e Transparência, Vera Jourova, disse que o problema era urgente devido à rápida evolução das ameaças representadas pela desinformação online.

Signatários do código, que foi introduzido em 2018, incluem o Google, Facebook, Twitter, Microsoft, Mozilla, TikTok e alguns grupos de lobby de publicidade e tecnologia.