ROMA, 24 JAN (ANSA) – No momento em que várias empresas farmacêuticas anunciam o adiamento dos fornecimentos das vacinas anti-Covid, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou neste domingo (24) que a União Europeia vai recorrer a todos os meios legais para garantir o cumprimento dos prazos.   

“Pretendemos fazer cumprir os contratos que foram validados pelas empresas farmacêuticas, utilizando todos os meios legais à nossa disposição”, disse o executivo em um programa da estação de rádio francesa Europe 1.   

Michel aproveitou para pedir às multinacionais AstraZeneca e Pfizer “transparência” sobre as razões para os atrasos nas entregas dos lotes dos imunizantes. “O que pedimos a essas empresas é um diálogo transparente”, declarou.   

O representante dos 27 Estados-membros do bloco ainda se mostrou compreensivo com os entraves que os setores e empresas precisam enfrentar, principalmente no que diz respeito ao fornecimento de matérias-primas necessárias.   

Os atrasos nas entregas da vacina contra o novo coronavírus por parte da Pfizer e um anúncio semelhante da AstraZeneca foram motivos de preocupação e revolta em toda a Europa.   

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, por sua vez, afirmou que a decisão representa “sérias violações dos acordos contratuais” e disse que utilizará todas as iniciativas legais para garantir o cumprimento dos contratos.   

Até agora, a UE fechou seis contratos: Pfizer (EUA)/Biontech (Alemanha), Moderna (EUA), AstraZeneca (Reino Unido/Suécia), Janssen (Bélgica), Sanofi (França) e Curevac (Alemanha).   

Dessas seis, apenas duas (Biontech/Pfizer e Moderna) já têm autorização para uso emergencial no bloco, enquanto uma terceira (AstraZeneca/Oxford) está sob análise, com resposta prevista para 29 de janeiro. (ANSA)