A União Europeia apresentou nesta terça-feira (5) sua nova estratégia de defesa, que inclui grandes investimentos para reforçar a indústria armamentista nos países do bloco e reduzir, portanto, a dependência dos Estados Unidos.

“Precisamos de um equilíbrio transatlântico adequado, independentemente da dinâmica eleitoral nos Estados Unidos”, disse Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia.

Para Vestager, “precisamos assumir mais responsabilidade por nossa própria segurança, e ao mesmo tempo continuar plenamente comprometidos com a Otan”.

“Propomos atingir o objetivo até 2030 de adquirir 40% dos equipamentos de forma colaborativa e adquirir 50% dos equipamentos dentro da União Europeia”, disse Vestager.

Esta nova estratégia europeia de defesa terá um orçamento inicial de 1,5 bilhão de euros (cerca de 7,9 bilhões de reais).

Vestager admitiu que “não é muito dinheiro”, mas acrescentou que “o financiamento real virá dos Estados-membros” do bloco.

O Comissário Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, relembrou que, atualmente, 68% das compras de material bélico efetuadas pelos países da UE para ajudar a Ucrânia foram efetuadas com os EUA.

Este plano de reforço da indústria europeia de armamento, disse Breton, requer uma importante estrutura financeira.

“Financiar tudo isso significa mobilizar recursos financeiros, do setor financeiro, para o setor da defesa, o que também é sempre muito difícil”, acrescentou.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, afirmou que, em 2023, os países da UE gastaram cerca de 58 bilhões de euros (mais de 296 bilhões de reais) na compra de armas.

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