BRUXELAS, 15 DEZ (ANSA) – A União Europeia prolongou as sanções contra a Venezuela para 10 de janeiro de 2027, anunciou o Conselho do bloco em nota nesta segunda-feira (15).
A decisão tomada pelos ministros das Relações Exteriores se deu tendo “em vista as ações persistentes que minam a democracia e o Estado de Direito, bem como as contínuas violações dos direitos humanos e da repressão à sociedade civil e à oposição democrática, inclusive em relação à realização e aos eventos subsequentes às eleições presidenciais de 28 de julho de 2024”, acusações voltadas ao governo de Nicolás Maduro, que tem intensificado o combate contra opositores desde que foi reeleito no ano passado em um pleito tido como fraudulento por adversários políticos, opinião partilhada por boa parte da comunidade internacional.
As sanções afetam 69 indivíduos do país sul-americano, que estão sujeitos ao congelamento de seus bens, sendo proibido fornecer-lhes fundos ou recursos econômicos, direta ou indiretamente. Além disso, eles ficam proibidos de viajar para qualquer país-membro da UE.
Segundo o Conselho da UE, o objetivo dos embargos é “apoiar uma solução negociada e democrática para a crise na Venezuela”.
“A UE não adotou quaisquer medidas que possam prejudicar o povo venezuelano ou sua economia. A responsabilidade pelo fim da crise em Caracas cabe às suas autoridades”, diz a nota.
O Conselho europeu lembrou ainda que as penalidades impostas pelo bloco contra Caracas tiveram início em 2017, sempre na administração do chavista, que ocupa o cargo de presidente desde 2013. Na época, as medidas incluíram um embargo de armas e a proibição de equipamentos para repressão interna, bem como proibições de viagem e congelamento de bens das pessoas atingidas. (ANSA).