BRUXELAS, 31 JUL (ANSA) – A União Europeia trabalha para isentar o setor de vinhos do tarifaço negociado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas não espera que a celebrada produção vitivinícola do bloco seja incluída na primeira lista de exceções.
Bruxelas e Washington fecharam um acordo comercial no último domingo (27) para que as exportações europeias para os EUA paguem uma alíquota de 15%, pacto que tem sido alvo de críticas disseminadas na UE por comprometer o bloco a comprar US$ 750 bilhões em combustíveis fósseis americanos até o fim do mandato de Trump.
Enquanto isso, Itália, França e outros grandes produtores de vinhos pressionam para que o setor seja isento do tarifaço dos Estados Unidos, que respondem por 27% das exportações vitivinícolas europeias.
“A Comissão Europeia permanece determinada a alcançar e garantir o maior número possível de isenções, inclusive para produtos tradicionais, como vinhos e licores”, disse Olof Gill, porta-voz do poder Executivo da UE, nesta quinta-feira (31), véspera da entrada em vigor do novo regime tarifário.
“Mas não esperamos que vinhos e licores sejam incluídos no primeiro grupo de isenções que será anunciado amanhã [1º] pelos EUA. Portanto, esse setor, como todos os outros, estará sujeito a 15%”, acrescentou Gill, destacando que as negociações “continuam”.
Antes do tarifaço, as mercadorias da UE pagavam uma tarifa média de 4,8% para entrar nos Estados Unidos. (ANSA).