UE põe Nikita Mazepin em lista de alvos de sanções

BRUXELAS, 9 MAR (ANSA) – A União Europeia acrescentou nesta quarta-feira (9) o piloto russo Nikita Mazepin na lista de alvos de sanções por causa da invasão à Ucrânia.   

Demitido da equipe Haas de F1, o atleta é filho de Dmitry Mazepin, dono da empresa química Uralchem e oligarca ligado ao regime de Vladimir Putin.   

Segundo a UE, Nikita Mazepin é uma “pessoa associada a um empresário (seu pai) envolvido em setores econômicos que fornecem uma substancial fonte de receitas para o governo da Federação Russa, que é responsável pela anexação da Crimeia e pela desestabilização da Ucrânia”.   

Além disso, o texto ressalta que Dmitry era o “principal patrocinador das atividades de seu filho na Haas”, que rompeu seu contrato com a Uralkali, subsidiária de fertilizantes de potássio da Uralchem.   

A UE ainda afirma que Dmitry participou de uma reunião com Putin e outros 36 empresários em 24 de fevereiro, dia do início da invasão russa à Ucrânia, para discutir possíveis sanções ocidentais.   

“O fato de ter sido convidado para essa reunião mostra que ele é um membro do círculo mais próximo de Vladimir Putin e que ele está apoiando ou implementando ações ou políticas que minem ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia”, diz a União Europeia sobre Dmitry As sanções preveem o congelamento de eventuais bens dos atingidos na UE e a proibição de entrada no bloco. Com isso, Mazepin seria impedido de participar de boa parte da temporada da F1, mesmo caso não fosse demitido pela Haas.   

O piloto deu uma coletiva de imprensa nesta quarta e anunciou a criação de um fundo para ajudar “aletas que perderam a capacidade de competir em alto nível por motivos políticos”.   

Além disso, afirmou que a Haas não tinha “justificativa legal” para romper seu contrato.   

Substituto – A Haas, por sua vez, anunciou nesta quarta o substituto de Mazepin: o dinamarquês Kevin Magnussen, que já correu pela equipe entre 2017 e 2020 e não competiu na F1 em 2021.   

Havia uma certa expectativa entre os torcedores brasileiros sobre Pietro Fittipaldi, piloto reserva da Haas, mas o time preferiu alguém mais experiente.   

“Obviamente, fiquei muito surpreso e igualmente empolgado em receber a ligação da Haas. Eu estava olhando para outra direção em 2022, mas a oportunidade de voltar a competir na Fórmula 1, e com um time que eu conheço muito bem, era simplesmente irresistível”, disse Magnussen. (ANSA).