A chefe da diplomacia da União Europeia (UE) UE, Kaja Kallas, pediu nesta terça-feira (20) aos Estados Unidos que adotem uma “ação forte” caso a Rússia não aceite um cessar-fogo incondicional na Ucrânia.
Washington “já anunciou que, se a Rússia não concordar com um cessar-fogo incondicional, haveria consequências. De forma que queremos ver as consequências por parte dos Estados Unidos”, disse a estoniana Kallas antes de uma reunião ministerial em Bruxelas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve na segunda-feira uma longa conversa telefônica com seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a situação na Ucrânia.
Trump revelou detalhes do diálogo à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a governantes de vários países europeus.
O presidente americano anunciou publicamente que Rússia e Ucrânia “iniciarão imediatamente” negociações para um cessar-fogo.
Putin disse que está disposto a trabalhar com a Ucrânia em um “memorando” sobre “um eventual acordo de paz futuro”, mas não aceitou o cessar-fogo incondicional de 30 dias que Trump buscava.
Após conhecer detalhes do que foi conversado entre Trump e Putin, o chefe de Governo da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que a UE deveria aumentar a pressão sobre a Rússia com a adoção de sanções.
O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, disse que a conversa entre Trump e Putin deixou claro que o russo “ainda não está pronto para fazer concessões”.
Pistorius afirmou que Putin “não está realmente interessado na paz” e está disposto a falar apenas de “um cessar-fogo sob condições”.
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