A União Europeia (UE) concordou em modificar a rotulagem dos recipientes comerciais de mel para melhor especificar sua origem e informar os consumidores se o produto contém aditivos, especialmente xaropes e açúcar.

A medida, acordada pelos Estados-membros da UE e pelo Parlamento Europeu na noite de terça-feira (30), faz parte de um pacote que busca melhorar a transparência do mel, das compotas e dos sucos de fruta comercializados no bloco.

Uma vez adotado formalmente, esse acordo sobre o mel substituirá o atual sistema, no qual os rótulos apenas indicam se o mel provém, ou não, da União Europeia.

Os novos rótulos terão de especificar o país de origem do mel e o real percentual de mel. Se a proporção real de mel for inferior a 50%, os percentuais devem ser indicados para cada país de origem.

Essa mudança responde a uma análise promovida pela Comissão Europeia em março de 2023, que constatou que 46% das 320 amostras de potes de mel analisadas continham quantidades significativas de xarope açucarado.

A maioria das amostras da China (74%) e todas as amostras testadas importadas da Turquia e do Reino Unido estavam excessivamente adulteradas, segundo o estudo.

No caso das compotas, as novas normas preveem que serão avaliadas ao longo dos próximos três anos para determinar se serão necessárias medidas de transparência similares. Enquanto isso, já impõem a regra de que cada quilograma de compota produzido deve conter pelo menos 450 gramas de fruta.

Para sucos de frutas, será permitida informar que um produto “contém apenas açúcares naturais”. A menção de “suco de frutas com açúcar reduzido” será permitida para produtos que tenham removido pelo menos 30% dos açúcares naturais.

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