A União Europeia lançou, nesta quarta-feira (4), o procedimento para sancionar o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, seu filho Viktor e treze outros responsáveis pela repressão no país, informaram fontes diplomáticas em Bruxelas.
A autorização para proibir vistos e congelar os bens do presidente e de outras 14 autoridades bielorrussas foi dada esta tarde pelos embaixadores dos 27 países membros da UE e um procedimento escrito foi lançado para permitir que os governos confirmem esta decisão e para publicá-la no Diário Oficial da UE, disseram as mesmas fontes.
A UE já impôs proibições de viagens e congelamento de bens a 40 aliados de Lukashenko por manipularem as eleições presidenciais de agosto e por sua responsabilidade em reprimir os protestos que abalaram o país após essas eleições.
No entanto, a UE se absteve de penalizar Lukashenko, na esperança de persuadi-lo a iniciar um diálogo com as forças da oposição para resolver a crise.
Esta esperança, porém, não se concretizou e, em meados de outubro, os ministros das Relações Exteriores da UE deram o seu aval para a adoção de medidas contra o líder.
Segundo a UE, o chefe de Estado bielorrusso é “responsável pela violenta repressão do aparato estatal antes e depois das eleições presidenciais de 2020”, segundo documentos consultados pela AFP.
Ele também é considerado responsável pela exclusão de candidatos importantes da oposição nas eleições, de “prisões arbitrárias e maus-tratos de manifestantes pacíficos, bem como intimidação e violência contra jornalistas”.
A UE também sancionou o filho de Lukashenko, Viktor, que é conselheiro de segurança nacional interino em Belarus.
Entre as outras pessoas visadas estão o chefe de gabinete do presidente, Igor Sergeenko, o chefe do serviço secreto, Ivan Tertel, e o assessor de imprensa do chefe de Estado.
A UE não reconhece o resultado das eleições de 9 de agosto em Belarus e considera que o governo de Lukashenko carece de “legitimidade democrática”.