A União Europeia impôs sanções, nesta segunda-feira (12), a uma emissora iraniana, ao chefe do Exército e aos comandantes da Guarda Revolucionária pela repressão aos protestos na República Islâmica, em meio à condenação internacional de uma segunda execução de manifestantes.
O bloco europeu também colocou na lista de sanções oito fabricantes de drones iranianos e comandantes das Forças Aéreas iranianas, aumentando a pressão sobre Teerã, que fornece à Rússia armas que Moscou usa na Ucrânia.
“Temos como alvo os responsáveis pela repressão contínua contra os manifestantes” e “o apoio de Teerã à Rússia”, disse o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
As sanções incluem a principal emissora da República Islâmica, seu diretor e um apresentador de jornal pela retransmissão de confissões forçadas de presos.
A UE também congelou ativos e proibiu a emissão de vistos para o comandante do Exército, Abdolrahim Mousavi, o vice-ministro do Interior e comandantes regionais da Guarda Revolucionária.
O clérigo linha-dura Seyed Ahmad Khatami foi colocado na lista por incitar a violência e pedir a pena de morte contra os manifestantes.
Trata-se da terceira rodada de sanções da UE contra as autoridades iranianas pela repressão dos protestos iniciados pela morte da jovem Mahsa Amini, em setembro.
Borrell afirmou que a UE considerava “inaceitável o uso da pena de morte como ferramenta para reprimir os manifestantes”.